Tudo começou no final da década de 1930, com alguns jovens moradores do Parque Peruche que frequentavam o núcleo espírita Cabana do Pai Jacó, na rua Treze de Maio, no bairro do Bixiga. Jorge Pires Pinto, carinhosamente chamado de Jorginho, era um deles.

Transcorria o ano de 1939 quando o Pai Jacó, mentor daquela casa, através da mediunidade até então inconsciente de Jorginho, solicitou aos seus dirigentes espirituais que o informassem sobre sua missão de abrir um centro espírita no Parque Peruche. O assunto caiu no esquecimento. Então, em meados de 1940, por intermédio de outro médium, Pai Jacó, desta vez dirigindo-se diretamente a Jorginho, relembrou o que lhe competia realizar e ainda o alertou de que estava demorando muito para que o projeto de concretizasse. Pediu para colocar em prática o que lhe competia e que, embora pudesse contar com o seu apoio, o benfeitor designado pelo Alto como responsável para ajudá-lo nessa nova empreitada seria o Espírito denominado Pai João, o qual o socorreria no que precisasse. Concluindo, alertou para que não tivesse medo e confiasse inteiramente no Pai Criador, que nos momentos difíceis fizesse a sua parte e colocasse o restante nas mãos de Jesus, que o socorreria por intermédio de Pai João. E nesse mesmo ano, com a colaboração de alguns companheiros, Jorginho fundou o núcleo espírita Cultura Evangélica – Cabana do Pai João, com sede provisória em sua própria residência na então rua F, n° 125, atual Carlos Belmiro Correia. No entanto, sua fundação foi oficializada apenas em 21 de agosto de 1944, incluindo no nome Centro Espírita União e Fraternidade.

A mudança para o endereço atual aconteceu em 1948. Em maio desse ano, o terreno foi comprado em prestações mensais: a última paga em dezembro de 1954. As obras iniciaram em setembro e em dezembro a nova sede, ainda inacabada, era inaugurada com a festa de Natal aos necessitados. A construção foi finalizada em setembro do ano seguinte, com muito empenho da diretoria: José Maria Almeida (1º tesoureiro); 2. Salvador Batista Carvalho (1º secretário); 3. Jorge Pires Pinto (presidente); 4. Geraldo A. da Silva (vice); 5. Florides Cesário Reis (2ª secretária). Pai João desde o início esclareceu que a missão da casa era ser um Pronto Socorro na espiritualidade, atendendo desencarnados mas também acolhendo os encarnados necessitados de orientação, amor e auxílio de qualquer natureza. Em assembleia de dezembro de 1982, foi excluída da razão social a expressão Cabana do Pai João, permanecendo apenas o nome Centro Espírita União e Fraternidade.

João José de Oliveira, carinhosamente chamado de Pai João, e seu irmão Pai Jacó, eram filhos de pai português e mãe africana. Nasceram na África, provavelmente em Maputo, Moçambique.

Os irmãos trabalharam em navio mercante (Fragatas), razão pela qual conheceram vários países da Europa, em especial Portugal e Inglaterra, onde viveram por algum tempo. Moraram também no Brasil, onde desencarnaram.

Pai João informou que não tem autorização para dar maiores esclarecimentos. Todas as informações que temos foram passadas por José Maria Almeida, fundador do Ceuf, que também contou que Pai Jacó trabalharia na espiritualidade por aproximadamente 50 anos, para em seguida retornar à Terra para nova experiência na carne, provavelmente em meados de 1990. Pai João continua firme na espiritualidade com a missão de orientador desta casa bendita. Dirige o Ceuf com mãos firmes, sempre apoiado nas orientações de Jesus, Ismael (mentor espiritual do Brasil) e de Bezerra de Menezes.